Mais um que entra para a longa lista de livros aos quais a série faz referência (confira aqui). E se considerarmos que Matthew Weiner adora usar referências literárias para espelhar o mood dos seus personagens, fica então a pergunta: estará Don Draper em sua descida ao inferno? A julgar pela sua trajetória no decorrer destas cinco temporadas e pelo falling man da abertura, o publicitário - e junto com ele o sonho americano que ajudou a vender - ainda tem uma longa queda pela frente até alcançar a redenção. Mas sempre avec elegance.
27 outubro, 2012
Mad Men filma nova temporada no Havaí
Estas são as primeiras imagens divulgadas da sexta temporada de Mad Men, que abrirá com o casal Draper no Havaí. E atenção para o livro que Don está lendo. Trata-se de Inferno, de Dante Alighieri, na versão traduzida para o inglês por John Ciardi. Esta é a primeira parte da Divina Comédia, que é seguida de Purgatório e Paraíso.
Mais um que entra para a longa lista de livros aos quais a série faz referência (confira aqui). E se considerarmos que Matthew Weiner adora usar referências literárias para espelhar o mood dos seus personagens, fica então a pergunta: estará Don Draper em sua descida ao inferno? A julgar pela sua trajetória no decorrer destas cinco temporadas e pelo falling man da abertura, o publicitário - e junto com ele o sonho americano que ajudou a vender - ainda tem uma longa queda pela frente até alcançar a redenção. Mas sempre avec elegance.
Mais um que entra para a longa lista de livros aos quais a série faz referência (confira aqui). E se considerarmos que Matthew Weiner adora usar referências literárias para espelhar o mood dos seus personagens, fica então a pergunta: estará Don Draper em sua descida ao inferno? A julgar pela sua trajetória no decorrer destas cinco temporadas e pelo falling man da abertura, o publicitário - e junto com ele o sonho americano que ajudou a vender - ainda tem uma longa queda pela frente até alcançar a redenção. Mas sempre avec elegance.
22 outubro, 2012
Pop na ponta dos dedos
O artista italiano Dito Von Tease (nenhuma relação com a musa do burlesque Dita Von Teese, eu presumo) se especializou em uma arte bem particular: a "dedologia", ou "ditology", como ele mesmo a batizou (lembrando que "dito" significa "dedo" na língua italiana). Dito expõe em seu website uma série de figuras da cultura pop, da TV e do cinema, todas usando como base o seu dedo indicador, com direito até mesmo a figurino e direção de arte.
A ironia está no fato de que o artista prefere permanecer anônimo, enquanto a única coisa que conhecemos dele é justamente algo diferencia um ser humano do outro: suas digitais.
A ironia está no fato de que o artista prefere permanecer anônimo, enquanto a única coisa que conhecemos dele é justamente algo diferencia um ser humano do outro: suas digitais.
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21 outubro, 2012
Comédia por uma boa causa
O Red Nose Day acontece uma vez por ano no Reino Unido. É uma campanha de caridade, que incentiva a população a fazer “algo engraçado” naquele dia. Amigos retribuem com doações, que são contabilizadas no final do dia pela BBC. Várias celebridades participam, e no passado a campanha já contou com a participação de Ricky Gervais (The Office), David Tennant (Doctor Who) e Daniel Craig (007).
Uma das paródias mais engraçadas até hoje foi Uptown Downstairs Abbey, uma brincadeira com os nomes de dois populares dramas de época ingleses, Downton Abbey e Upstairs Downstairs. Nela retornamos a Downton, agora habitado por Kim Cattrall (Sex and the City) e a dupla Jennifer Saunders e Joanna Lumley (da série cult Absolutely Fabulous). Como no drama originai, a questão da classe - velha obsessão inglesa - permeia todas conversas. Entre as melhores gags estão: Jennifer Saunders imitando o sotaque de Maggie Smith, a sempre elegante Joanna Lumley se recusando a atuar como serviçal, e Simon Callow (Quatro Casamentos e um Funeral) tirando onda com o inflado ego do roteirista Andrew Davies, rei dos dramas de época.
Há ainda uma piada que merece atenção. A personagem da parente distante, recebida com desdém por pertencer a uma classe mais baixa, faz o infeliz comentário: “You have a lovely lounge”. O silêncio constrangedor que se segue se deve ao fato de que existem palavras que “entregam” a classe da pessoa, por mais bem educada que esta seja, e "lounge" é uma delas. Os ingleses das altas camadas sociais usam o termo “drawing room” para se referir à sala de estar. Minúcias que para nós são difíceis de imaginar, mas que existem até hoje na cultura britânica. Ao menos eles sabem como ninguém fazer piada de suas próprias excentricidades.
Assista aos dois episódios da hilária paródia Uptown Downstairs Abbey:
Assista aos dois episódios da hilária paródia Uptown Downstairs Abbey:
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19 outubro, 2012
#ACULPAÉDAINTERNET
(Artigo publicado originalmente no Blog da Escola de Criação da ESPM Sul)
Hoje é um dia histórico. Ao menos para quem pesquisa
comunicação e mídia. Chega ao fim Avenida Brasil, que
entra para a história da TV brasileira como a novela de maior sucesso na
Internet. A chamada “novela 2.0” foi muito além do tradicional de “sucesso de
audiência”, tornando-se um “sucesso de engajamento”. Mas onde entra o Ibope nisso
tudo? O Ibope segue medindo a audiência, como faz desde os tempos em que a Janete Clair assassinou o Salomão Ayala e o Manuel Carlos juntou o Quinzinho e o João
Victor. Ou seja: há décadas atrás. Entretanto, tentar
comparar a audiência do último capítulo que irá ao ar hoje com o de uma novela
de dez anos atrás é o equivalente a comparar a Lady Gaga com a Doris Day.
Tratam-se de produtos de ambientes midiáticos completamente diferentes.
A sala de estar hoje é virtual, onde o público reage - e
interage - em tempo real através da segunda tela do smartphone, tablet ou
laptop, e onde comentários do tipo “Essa Carminha é doida”, que se diria à
pessoa sentada ao lado, se transformam em #oioioi #EssaCarminhaÉDoida nas redes
sociais, que incluem também Tumblrs hilários como Nina das Entocas (imagem acima) e Love Carminha, perfis no Twitter como
@MalditaDaRita e @Gato_Genesio (o gato branco de
porcelana que enfeita a mansão do Divino) e vídeo mashups
como o Funk
Me Serve.
Para medir o hype e a quantidade de conteúdo
produzido pelos fãs, são necessárias métricas
especificas que levam em conta os milhares de hashtags, avatares, GIFs, memes
e comentários que não entram na contabilização dos índices de audiência, mas
que são um termômetro eficiente para medir a popularidade de um tema na atual
cultura da convergência.
Com Avenida Brasil, a TV
social provou que chegou no país para ficar (vejas números no Brasil
e no mundo).
Fenômeno que há muito já se destacando entre fãs de séries, a TV social
encontrou aqui um público ávido por participação, principalmente em um momento
em que a classe C está cada vez mais conectada. De olho neste mercado, até o Hipermercado
Extra e a Vivo pegaram uma carona, o que no caso da operadora acabou em
polêmica devido ao uso do personagem
Tufão sem autorização da Globo.
Fica meu parabéns para o público brasileiro, pelo bom humor e
criatividade, por criar avatares
congelados sem ajuda de nenhum aplicativo, por ter divulgado a novela com
mais competência que uma campanha publicitária milionária, e por tornar a
narrativa online às vezes mais interessante que a própria trama. Não estenderei
porém o parabéns à Globo, que na minha opinião não
soube explorar o imenso potencial de TV social de Avenida Brasil. Mas quero acreditar que a lição foi aprendida para
as próximas. E se não foi, #aculpaNÃOédaRita.
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