28 fevereiro, 2011

Curso História do Cinema de Horror


O que é um filme de horror? Por que as pessoas têm fascínio pelo desconhecido? Qual é a definição de horror?

Estas e muitas outras perguntas serão respondidas no curso História do Cinema de Horror, que será ministrado por Carlos Primati. O curso acontecerá em Porto Alegre, de 29 de março até 1º de abril de 2011, no Museu da Comunicação Hipólito José da Costa.

O curso vai fazer um amplo painel de toda a história do horror no cinema, desde o expressionismo alemão, passando pelas pioneiras experiências da Universal, que “descobriu” o potencial do gênero; seguindo pelo horror gótico inglês; as diversas versões do horror no cinema dos cinco continentes; e chegando aos extremos dos atuais filmes de tortura e o horror adolescente.


Mais informações e inscrições no site da Cena UM, realizadora do evento.

E fiquem ligados, em breve o curso HBO: A TV que não diz que é TV.

Tem uma história para contar? Inscreva seu roteiro no Laboratório Novas Histórias


 O Laboratório Novas Histórias tem como objetivo oferecer a 10 roteiristas selecionados uma oportunidade para a troca criativa de impressões e técnicas sobre a arte de escrever uma história para cinema.

As inscrições estão abertas até o dia 4 de março de 2011.

O laboratório acontece entre os dias 10 e 13 de maio de 2011, no Grande Hotel de Campos de Jordão, SP, com participação de renomados roteiristas do cinema nacional e internacional.

Criados em parceria com o Sundance Institute, os laboratórios são fruto da parceria entre Esmeralda Produções e o SESC Rio. O SESC São Paulo fez parte desta história quando, em 1999, sediou, no SESC Bertioga, uma edição do laboratório que se transformou numa referência, por reunir, entre os 10 roteiros selecionados: Cidade de Deus (Braulio Mantovani), O Invasor (Beto Brant, Marçal Aquino e Renato Ciasca), Ódiquê (Gustavo Coelho), Olhos Azuis (Paulo Halm e Melanie Dimantas), Redentor (Claudio Torres, Elena Soárez e Fernanda Torres) e Serras da Desordem (Andrea Tonacci).

Inscreva-se até o dia 4 de março aqui. Mais informações pelo email labnovashistorias@gmail.com ou fone (21) 2529-2278.

23 fevereiro, 2011

Come on let’s twist again


Finalmente o DVD da 2ª temporada da mega premiada Mad Men será lançada em 25 de março no Brasil! Um atraso incabível de quase dois anos.

Em março também estréia na HBO Brasil a 4ª e mais recente temporada da série. Para estar pronto e atualizado para esta temporada, fique ligado na Maratona Mad Men que a HBO vem fazendo durante este mês. Mais detalhes sobre a maratona aqui.

Para ir entrando no clima, assista abaixo ao vídeo Selling Mad Men, onde os executivos de marketing na AMC contam em detalhes das estratégias de divulgação do show. Descubra também como foi produzida a famosa foto promocional em que Don senta em seu escritório enquanto a água toma conta de tudo.


Se isso ainda não for suficiente para saciar a sua sede, então fique com o ótimo promo do DVD da 1a temporada só para matar a saudade destes deliciosos personagens e lembrar porque a TV não é a mesma sem eles.

14 fevereiro, 2011

Branded content, IKEA e a habilidade de rir de si mesmo


Na semana passada escrevi sobre o crescimento das webséries no Brasil e no mundo. Crescimento impulsionado pelas novas tecnologias, pela banda larga e pelos baixos custos de produção. Mas há um fator essencial que vem impulsionando e viabilizando este crescimento: o interesse das empresas pelo branded content, ou branded entertainment. Trata-se de uma evolução do velho product placement (ou merchandising como é chamado no Brasil), que pode ser traduzida como “conteúdo patrocinado”, ou “entretenimento patrocinado”, e que virou tendência nos últimos anos.

Nas ações de branded content, o  product placement é - teoricamente - muito sutil, e a história é bem mais importante do que o produto. Digo teoricamente porque este nem sempre é o caso. Mas como trata-se de um universo novo para anunciantes e produtoras, o próprio mercado (e o público que está cada vez mais crítico) acabará ditando o que é aceitável ou não, e as empresas que souberem usar esta estratégia de forma inteligente sairão ganhando.

Afinal uma história bem contada gera envolvimento, e quando a inteligência do público NÃO é insultada, ele retribui com paixão e lealdade. E retribui viralmente. Este deveria ser o foco central das empresas investindo em branded content. Não o resultado em vendas. Mas sim o resultado em envolvimento emocional entre consumidor e marca.

E algumas histórias realmente conseguem envolver. Seja pela qualidade do humor, seja pela fácil identificação do público com as situações apresentadas. As webséries nacionais Control C Control V (MSN, LG, Colgate e Nova Schin) e Tudo em Família (Oi) são dois exemplos criativos. Os produtos estão ali, sendo manuseados em cena, e inclusive comentados pelos personagens. Mas o que poderia ser uma constrangedora cena de merchandising forçado (“Já vou querido, só vou fazer um pagamento online no banco X e passar o novo batom da Y e estou pronta...”), acaba sendo mais digerível, por estar “naturalmente” costurada dentro da história.

Uso aspas porque uma marca de fato nunca fará uma aparição 100% natural numa obra de ficção (talvez a única exceção sejam os sapatos Manolo Blahnik em Sex and the City...). É um lembrete nem sempre agradável de que o programa é financiado por alguém. Mas se tudo for feito com tato, e o entretenimento for colocado acima das vendas, os resultados podem ser surpreendentes.

Os anunciantes brasileiros talvez tenham uma coisa ou outra a aprender com o case da IKEA - o gigante varejista de móveis - e sua badalada Easy to Assemble. Criada e estrelada por Illeana Douglas, a websérie alcançou mais de 5 milhões de visualizações no seu primeiro ano, número que duplicou no segundo. A fórmula: uma ideia original, humor de qualidade e total liberdade criativa para os roteiristas.  A premissa: os atores Illeana Douglas, Justine Bateman, Jane Lynch, Kevin Pollak, Tom Arnold e Tim Meadows (até Jeff Goldblum faz uma participação) interpretam versões caricatas de si mesmos. Alguns deles teriam abandonado Hollywood para seguir carreira na IKEA. Apesar de absurda, a premissa funciona justamente pela sua improbabilidade. O merchandising: como a série se passa no interior da loja, não faltam oportunidades de expor os produtos, inclusive com close-ups, o suficiente para obter a aprovação de qualquer diretoria comercial - um desafio que todo profissional de marketing sabe ser árduo.

Como observado pelo Social Media Soapbox, a IKEA não tem medo de fazer piada de si mesma, e justamente por não se levar a sério acaba passando uma imagem mais humana e dando mais credibilidade à marca. E esta credibilidade não tem preço numa época de consumidores críticos e opinados. O branded content é justamente fruto desta época. Mais importante, estes consumidores nunca foram tão sedentos por entretenimento. Não é preciso ser um gênio para fazer as contas e perceber que o entretenimento patrocinado e o storytelling seria o próximo passo das empresas que querem criar laços com este novo público.

Os gastos com branded content nos EUA foram de US$ 1,8 milhões por empresa em 2009 (fonte: Pesquisa do Custom Publishing Council). Dentre os entrevistados, 78% consideraram o branded content mais eficaz do que a publicidade tradicional. Se estes números estiverem corretos, sem dúvida não faltarão oportunidades nem patrocinadores para as webséries. E se estes patrocinadores souberem agir com bom senso, não faltarão espectadores também.

12 fevereiro, 2011

Twin Peaks 20th Anniversary Art Exhibition

Uma exposição para celebrar os 20 anos da cult series Twin Peaks abriu hoje, dia 12, em Los Angeles, por tempo limitado (apenas dois dias). O evento conta com obras de artistas plásticos como Glenn Barr, Tim Biskup, Scott Campbell, Amy Casey, Ryan Heshka, Jessica Joslin, Chris Mars, Elizabeth McGrath, Margaret Meyer e Eric White, além de trabalhos dos atores da série Grace Zabriskie (Sarah Palmer), Richard Beymer (Benjamin Horne) e do próprio diretor, David Lynch.

A série, assinada por Lynch e produzida por Aaron Spelling de 1990 a1991, foi considera um divisor de águas na história da televisão mundial. Não era comum na época, em especial na TV aberta americana, uma obra de tamanha complexidade. Além disso, seu tom era bastante sinistro para o horário das 9 da noite.

Foi nesta mesma época que surgiu uma nova modalidade de fã, bem mais devotado, consumista, e pronto para acolher uma linguagem mais cinematográfica na TV. Para este grupo estará sendo lançada uma linha de produtos da série (bem mais acessíveis do que as obras de arte que vão de 2.000 a 20.000 dólares), que incluem papel de carta do Hotel Great Northern, camisas do Big Ed’s Gas Farm e xícaras do Double R Diner.

Detalhes sobre a exposição e mais arte inspirada em Twin Peaks aqui.


Audrey,
de Stella Hultberg
Concentrating On The Js,
de Scott Campbell


Mountains, de David Lynch

Dica de livro: Caderno de Rabiscos para Adultos que Querem Chutar o Balde

Minha dica de livro hoje não tem a ver com televisão. Hoje a TV ficou até desligada, porque não consigo largar um livro que ganhei de presente. Chama-se Caderno de Rabiscos para Adultos que Querem Chutar o Balde, de Claire Faÿ.

À primeira vista um simples livrinho de colorir, trata-se na verdade de um apanhado de passatempos e atividades lúdicas – e hilárias - para adultos. Não apenas qualquer adulto, mas aqueles que se encontram em um momento da vida em que uma chutada de balde é mais do que recomendada, é mandatória. Não há duvida de que a autora tinha em mente a galera da meia idade quando escreveu o livro, ela própria com 34 anos.

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Ela nos encoraja a nos libertarmos de culpas e medos de uma forma divertida, através de passatempos repletos de ironias sobre a família, o trabalho e as obrigações sociais. Ao invés de engolir sapos e escutar abobrinhas durante aquelas maçantes reuniões de trabalho ou de família, ela nos incentiva a apenas colori-los. Em um barquinho podemos desenhar companheiros que também remam contra a maré - e assim nos convencemos de que não estamos sozinhos. Exercícios para aprender a dizer “não” e recusar convites indesejados também fazem parte da obra, que virou best-seller na Europa.

Clique para ampliar
Nascida na França, a designer gráfica Claire Faÿ estudou Artes em Praga e já publicou outros livros nesta mesma linha. Embora no Brasil seus livros não sejam nenhuma novidade (já foram lançados ano passado), resolvi mesmo assim registrar aqui a dica, por dois simples motivos: 1) tenho vários amigos que poderiam se beneficiar imensamente com uma chutadinha no balde, mesmo que de leve, e 2) o livro é tão divertido que passei praticamente o dia todo sem ligar a TV e o computador. Sometimes you need a little change.



Clique aqui para explorar um pouco do conteúdo do livro.

11 fevereiro, 2011

O universo paralelo das webséries


Esta semana o blog O Café publicou um artigo meu sobre o universo das webséries, que vem crescendo de forma exponencial no Brasil e no mundo.

Como possuem sua origem na própria internet e têm um custo bem mais baixo do que as tradicionais séries de TV, são mais ágeis, democráticas, e uma ótima plataforma para a experimentação. Além disso, podem facilmente tornar-se um fenômeno viral. No mercado internacional elas já possuem até uma premiação especifica.

Clique aqui para ser direcionado para o artigo, e saber mais sobre as webséries - nacionais e internacionais, mini e micro, patrocinadas e independentes - mais assistidas (e twittadas) da atualidade.

10 fevereiro, 2011

O futuro da TV é social



Já escrevi no post Audiência, mostra a tua cara sobre a nova tendência do público de interagir simultaneamente com programas de TV e mídias sociais, e o quanto isto tem influenciado na volta do appointment television (quando a audiência possui um "compromisso” com um programa, adaptando sua rotina ao horário da transmissão).

Este “compromisso” parecia destinado à extinção com o crescimento dos DVRs e downloads, que dão ao público a liberdade de decidir quando e onde irão assistir aos programas. Mas as tecnologias móveis somadas ao Facebook e Twitter têm permitido aos espectadores compartilhar suas opiniões ao mesmo tempo em que programa é transmitido. E esta é uma vantagem limitada somente àqueles que assistem em tempo real.

O artigo de Megan O'Neill esta semana no Social Times não apenas comprova esta tendência, mas mostra como está influenciando até decisões de roteiro. A colunista aponta o 13º episódio da 7ª temporada de Grey’s Anatomy, que foi ao ar dia 3 de fevereiro nos EUA, como um divisor de águas. Pela primeira vez o Twitter foi incorporado à trama de um episódio, durante o qual a Dra. Miranda Bailey twittou em tempo real. Para isto a ABC criou o perfil @MirandaBaileyMD, que no dia do episódio já tinha mais de 22.700 seguidores.

Estudos comprovam que fãs que assistem programas online são mais engajados e ávidos que os fãs que assistem na TV. Se este dado está correto, não há duvidas que as emissoras precisam se adaptar urgentemente para sobreviver a esta nova realidade. E neste caso palmas para a ABC, que com esta ação ofereceu um benefício a mais ao público que assistiu ao programa em tempo real (e consequentemente assistiu aos comerciais dos patrocinadores). Quem assistir mais tarde (via download, streaming ou em aparelhos DVR) poderá estar livre dos intervalos, mas não terá o prazer da experiência em tempo real.

Apesar de não ser uma grande fã de Grey’s Anatomy (e a ideia de um médico twittando durante uma cirurgia me parece tão assustadora quanto à de um piloto de avião jogando Wii durante um vôo), admito que trata-se de uma estratégia inteligente, uma versão avançada das ações de segunda tela do tipo “watch and tweet”, que já vêm sendo usadas por emissoras com programação teen. Ao dar incentivos para que os programas sejam assistidos em tempo real, as emissoras talvez consigam de volta o controle do jogo, que haviam perdido para a web. Na primeira fase desta virada, vimos a TV adaptando-se ao território online, inserindo-se dentro das mídias sociais, com a criação de páginas no Facebook para os fãs das séries, fóruns de discussão nos seus websites e até webisódios. Nesta segunda fase, são as mídias sociais que estão sendo inseridas dentro do território televisivo.

Ações deste tipo explicam porque a TV social é o hot topic do momento. Interativa na sua essência, ano passado foi listada pelo MIT como uma das 10 mais importantes tendências para 2011. Além das próprias redes sociais, já existem inúmeros apps disponíveis para este tipo de interação, entre eles o Tunerfish, o Miso e o Yap.TV. Desenhados para as plataformas iPhone, iPad, Android e para a web, estes apps dão aos fãs a chance de divulgar o que estão assistindo em tempo real e assim encontrar outros fãs com os mesmos interesses. Estamos testemunhando a TV social e a second screen finalmente sair da teoria.


Em outro artigo sobre o tema, no San Francisco Chronicle, a colunista Benny Evangelista defende que assistir TV sempre foi uma experiência coletiva. Afinal desde os anos 50 as pessoas se reuniam no escritório para conversar sobre o episódio de I Love Lucy da noite anterior (há também os estudos de Dorothy Hobson sobre o comportamento da audiência de novelas). Só que agora esta “conversa” atingiu uma dimensão que vai muito além do colega de trabalho ou do vizinho.

Especialistas em TV Social explicam que emissoras e anunciantes estão se apoiando em uma já documentada tendência de comportamento dos consumidores contemporâneos: a obsessão com multitasking, e com as múltiplas telas. Já que as pessoas tendem a falar ao telefone, responder emails e ler o jornal enquanto assistem TV, por que não usar isso a favor de um maior engajamento com os programas?

É cedo ainda para avaliar os prós e contras da TV social, mas vale ficar atento aos novos comportamentos de recepção e consumo de TV que poderão ser observados nos próximos anos.

06 fevereiro, 2011

Mais arte criada por fãs de Mad Men

Eles estão espalhados mundo afora. Pensa que são apenas os EUA que produzem fãs obcecados por Mad Men? Pois pense de novo.


A designer australiana Christina Perry criou posters (acima e baixo) minimalistas, que foram usados para promover o lançamento do livro Mad Men Unbuttoned.


Poster de Matt Needle

Matt Needle, designer britânico, criou um poster que, de acordo com a revista Entertainment Weekly, faz referência visual a clássicos dos anos 60 como West Side Story, O Bebê de Rosemary e os filmes de James Bond.

Representando o México está o ilustrador Carlos Lerms, com o poster No Tomorrow, que homenageia a célebre frase do personagem Don Draper.

Estas obras farão parte de uma exposição que reunirá arte visual inspirada em Mad Men, planejada inicialmente para o final do ano em Nova Iorque, de acordo com a Entertainment Weekly.

Mais criações, de artistas talvez um pouco menos conhecidos, mas não menos importantes:



No Tomorrow, do mexicano Carlos Lerms

Don Draper, de Joslin, da China

Thought Control, de Yves Farhat, do Líbano
Mad Xmen Ray Ocampo, do Canadá

E então designers, ilustradores e diretores de arte brasileiros, onde estão os nossos representantes na categoria Mad Art?

05 fevereiro, 2011

Maratona Mad Men na HBO Brasil começa dia 07 de Fevereiro


Para quem ainda não viu toda as temporadas de Mad Men, good news!
A HBO Brasil inicia dia 07 (segunda-feira) a Maratona Mad Men, que exibirá as três temporadas da cultuada e premiada série durante as próximas semanas de fevereiro. Trata-se de um aquecimento para a quarta temporada que deve estrear no Brasil no mês que vem.

>Horários para a 1ª temporada: às 23:40, com reprises às 15:00.
>Horários para a 2ª e 3ª temporadas: às 23:45, com reprises às 14:00.

Não perca essa oportunidade única, já que o único DVD disponível no Brasil até hoje é o da primeira temporada. Confira mais detalhes sobre a Maratona Mad Men no site da HBO Brasil.

03 fevereiro, 2011

Mr. Darcy e Elizabeth Bennet reunidos após quinze anos

Jeniffer Ehle e Colin Firth em Orgulho e Preconceito (1995), e
no momento em que contracenam em O Discurso do Rei (2010)

Assistindo ao ótimo O Discurso Do Rei, somos brindados não apenas com excelentes atuações e um roteiro primoroso, mas também com um momento histórico na cultura pop britânica. A reunião de dois ícones, Colin Firth e Jennifer Ehle, que ficaram imortalizados no imaginário inglês como Mr. Darcy e Elizabeth Bennet na minissérie da BBC Orgulho e Preconceito (Pride and Prejudice, 1995), a mais querida e cultuada das adaptações do romance de Jane Austen.

Para os fãs da minissérie, é dificíl não sentir o coração bater forte na cena do filme em que o rei George VI (Firth) é apresentado à Mrs. Logue (Ehle). São quinze anos esperando para ver Darcy e Elizabeth juntos novamente, mesmo que por poucos segundos. A ocasião é pontuada pela fala do personagem de Geoffrey Rush: “Não creio que vocês já se conheçam”, numa clara referência ao passado dos dois, na tela e na vida real (os dois tiveram num breve romance).

O diretor do fime, Tom Hopper, alegou numa entrevista que o lado mais travesso da sua personalidade talvez tivesse planejado o esperado encontro: "I don't know... Did I think about the Pride and Prejudice thing? There's probably a mischievous part of me that did...”

Os britânicos adoram fazer este tipo de referência a Orgulho e Preconceito, que transformou o ator em sex symbol nacional. Uma destas alusões acontece no filme O Diário de Bridget Jones, onde Firth faz uma versão do seu próprio Mr. Darcy, na pele do advogado “Mark Darcy” - numa espécie de inside joke para os familiarizados com a versão do livro. É que no best seller a protagonista é obcecada pelo ator, e passa horas e horas assistindo à já clássica “cena da camisa molhada (que na realidade nem existe no livro de Austen). Abaixo a cena original:



Colin Firth também parodia a sim mesmo no filme St Trinian's, que no Brasil recebeu o infeliz título “Escola Para Garotas Bonitas e Piradas".



Outra alusão, esta sem Colin Firth, pode ser vista na cômica minissérie Lost in Austen. A protagonista, que veio do futuro e roubou Darcy de Elizabeth, diz após implorar que ele mergulhasse no lago: “Acabei de ter um estranho momento pos-moderno".


O DVD da minissérie Orgulho e Preconceito foi lançado no Brasil em 2009 pela Logon, mas em poucos meses se esgotou. É possível encontrá-lo em algumas locadoras, ou esperar por uma nova edição. Mais sobre a minissérie no blog Tempos Eternos.

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UPDATE EM 09/05/11: O Blu-Ray da minissérie acaba de ser lançado pela Logon no Brasil.


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01 fevereiro, 2011

Lost in translation? Os remakes americanos de séries britânicas



Esta semana o blog Na TV publicou um artigo meu sobre os sucessos - e fracassos - das adaptações de séries britânicas nos EUA.

Com um novo ciclo de remakes acontecendo este ano - como os recém lançados Being Human, Shameless e Skins -, vale a pena conferir como as diferenças culturais entre estes dois países vêm selando o destino de várias séries desde os anos 70.

Clique aqui para ser direcionado para o artigo.
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