Imagens compartilhadas ontem por fãs em homenagem à data. Para ver mais digite #SATC15 no Instagram, Twitter ou Tumblr. |
Ontem
a minha série do coração, Sex and the
City, fez 15 anos. Em 6 de junho de 1998 estreava um marco na história da
TV, e nascia um ícone cultural que foi, é, e sempre será uma referência para o
público feminino. Não pelo sexo, nem pela moda. Mas pela construção de uma
narrativa que - embora à primeira vista pareça superficial para os "leigos" - era centrada em torno da vida de quatro mulheres adultas,
inteligentes, urbanas e sexuais. Sim, sexuais. E sem pedir desculpas por isso.
No decorrer daqueles seis anos, as cenas recheadas de conversas sobre sexo (bem mais frequentes do que o “ato” em si) deixaram muitos homens
desconfortáveis. Não por pudor, mas pelo fato de eles serem pela primeira vez na
história da TV retratados como objetos sexuais - uma situação um tanto desagradável
com a qual as mulheres lidam há anos na publicidade (thanks, Don
Draper...) e na mídia em geral.
Me
considero uma mulher de sorte. Não só porque tive a chance de assistir SATC em tempo real na TV (no Brasil, nos
EUA e na Inglaterra), por ter amigas de diferentes continentes que dividem comigo esta devoção, ou porque tive a oportunidade de escrever minha dissertação de mestrado sobre o
tema (e ainda por cima com a orientação da super fabulosa Janet McCabe). Mais do
que tudo isso, sou privilegiada por ser contemporânea deste momento
divisor de águas, por enxergar SATC como uma história de autoconhecimento
e amizade, muito além dos Manolos Blahniks e dos Cosmopolitans, dos Bigs e dos Bergers.
E por ter quase a mesma idade da protagonista Carrie, tenho sorte também de ter vivenciado outro momento divisor de águas: a primeira imagem de Madonna na tela da TV, para sempre gravada no imaginário das adolescentes da década de 80, brindadas com uma nova forma de ver o feminino. Não ditado pelo masculino, nem ditado por sisudas feministas, mas ditado por uma mulher em controle do seu próprio corpo e imagem. Longe de ser a forma “correta”, era pelo menos uma “outra” forma, uma alternativa àquelas identidades femininas que nos eram oferecidas até então. Um longo caminho ainda pela frente, no doubt. But with a little help from our friends, we'll get there.
E por ter quase a mesma idade da protagonista Carrie, tenho sorte também de ter vivenciado outro momento divisor de águas: a primeira imagem de Madonna na tela da TV, para sempre gravada no imaginário das adolescentes da década de 80, brindadas com uma nova forma de ver o feminino. Não ditado pelo masculino, nem ditado por sisudas feministas, mas ditado por uma mulher em controle do seu próprio corpo e imagem. Longe de ser a forma “correta”, era pelo menos uma “outra” forma, uma alternativa àquelas identidades femininas que nos eram oferecidas até então. Um longo caminho ainda pela frente, no doubt. But with a little help from our friends, we'll get there.
E como não poderia faltar o momento “I couldn’t help but wonder...”, aqui vai. Talvez
as meninas nascidas nos anos 2000 nunca percebam o quanto têm sorte de já ter o
caminho aberto por estas duas referências culturais. Mas talvez ninguém tenha
mais sorte do que a minha própria geração, que vivenciou o "pré" e o "pós". Happy birthday SATC. Happy birthday to us all, girls.
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