06 dezembro, 2012

"A REVOLUÇÃO TRANSMÍDIA"

A revista INFO do mês de dezembro traz uma matéria sobre a crescente popularidade da narrativa transmídia. O único detalhe que faltou, na minha opinião, foi mencionar que o transmídia storytelling não é aplicável apenas a séries de TV e filmes, e já é utilizado na estratégia de comunicação de grandes anunciantes como Coca-Cola, Intel, Toshiba, Audi, Nokia e muitos outros. 

Leia abaixo a reprodução do artigo (ou acesse o original aqui).



"A REVOLUÇÃO TRANSMÍDIA" - por Paula Rothman

Contar uma história em várias plataformas é a aposta de produtores para fisgar o espectador onde quer que ele esteja. Dexter é uma das séries de maior sucesso dos últimos tempos e atraiu mais de dois milhões de espectadores na estreia da sétima temporada nos Estados Unidos, em outubro. Mas a audiência não fica apenas na TV. Há um game interativo online, onde os espectadores solucionam crimes com as mesmas ferramentas do protagonista, e uma série somente para a web que mostra detalhes inéditos que não foram ao ar. A estratégia de Dexter é uma forma de narrativa cada vez mais adotada por produtores: o transmídia.

“Transmídia é criar conteúdo que sejam uma extensão da narrativa principal, que permita aos telespectadores aprofundar o relacionamento com aquela marca”, diz Mauricio Mota, sócio fundador d´Os Alquimistas. A empresa carioca, uma das pioneiras nesse tipo de projeto no Brasil, possui uma filial na Califórnia de onde trabalha diretamente com os grandes estúdios e produtoras.

Além de aproximar os fãs das séries e abrir mais oportunidades para anúncios, o conteúdo em outras plataformas é uma maneira barata de testar novas ideias. – como a criação de um novo personagem em um seriado. “Produzir um episódio custa pelo menos 800 mil dólares. Mas lançar uma história em quadrinhos sobre o passado de algum personagem, como fez a série Heroes, custa menos de 6 mil”, diz Mota.

Com usuários cada vez mais dispersos em diferentes plataformas, a TV precisa brigar pela atenção e estar presente em todos os locais que o espectador possa acessar. Por isso, praticamente todas as empresas de entretenimento investem no conteúdo transmídia.  “Nossas produções para televisão são concebidas com um planejamento 360º : não apenas no mundo digital, mas com shows, músicas, etc..”, disse a INFO Cecília Mendoça, vice presidente dos canais Disney na América Latina. “Mas vale lembrar a máxima: o que as pessoas querem é uma boa história. Conteúdo ruim em 30 plataformas continua sendo conteúdo ruim”, diz Mota.

Leia post de 20/03/2012 sobre a campanha transmídia de Dexter aqui.


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