Leia abaixo a reprodução do artigo (ou acesse o original aqui).
"A REVOLUÇÃO TRANSMÍDIA" - por Paula Rothman
Contar uma história em várias plataformas é a
aposta de produtores para fisgar o espectador onde quer que ele esteja. Dexter é uma das séries de maior
sucesso dos últimos tempos e atraiu mais de dois milhões de espectadores na
estreia da sétima temporada nos Estados Unidos, em outubro. Mas a audiência não
fica apenas na TV. Há um game interativo online, onde os espectadores
solucionam crimes com as mesmas ferramentas do protagonista, e uma série
somente para a web que mostra detalhes inéditos que não foram ao ar. A
estratégia de Dexter é uma forma de narrativa cada vez mais adotada por
produtores: o transmídia.
“Transmídia é criar conteúdo que
sejam uma extensão da narrativa principal, que permita aos telespectadores
aprofundar o relacionamento com aquela marca”, diz Mauricio Mota, sócio
fundador d´Os Alquimistas. A empresa carioca, uma das pioneiras nesse tipo de
projeto no Brasil, possui uma filial na Califórnia de onde trabalha diretamente
com os grandes estúdios e produtoras.
Além de aproximar os fãs das séries
e abrir mais oportunidades para anúncios, o conteúdo em outras plataformas é
uma maneira barata de testar novas ideias. – como a criação de um novo
personagem em um seriado. “Produzir um episódio custa pelo menos 800 mil
dólares. Mas lançar uma história em quadrinhos sobre o passado de algum
personagem, como fez a série Heroes, custa menos de 6 mil”, diz Mota.
Com usuários cada vez mais
dispersos em diferentes plataformas, a TV precisa brigar pela atenção e estar
presente em todos os locais que o espectador possa acessar. Por isso,
praticamente todas as empresas de entretenimento investem no conteúdo
transmídia. “Nossas produções para televisão são concebidas com um
planejamento 360º : não apenas no mundo digital, mas com shows, músicas,
etc..”, disse a INFO Cecília Mendoça, vice presidente dos canais Disney na
América Latina. “Mas vale lembrar a máxima: o que as pessoas querem é uma boa
história. Conteúdo ruim em 30 plataformas continua sendo conteúdo ruim”, diz
Mota.
Leia post de 20/03/2012 sobre a campanha transmídia de Dexter aqui.
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