30 novembro, 2011

Estudos em 3D

Stereoscopic Media é a nova publicação online da Universidade de Wellington, Nova Zelândia, dedicada exclusivamente à divulgação de trabalhos e pesquisas acadêmicas sobre o tema 3D (cinema, TV, games, fotografia e novas mídias).

Confira os artigos sobre cinema 3D de Bruce Isaacs e Miriam Ross.



A TV social e as novas métricas da audiência

Reproduzo aqui meu artigo para o blog Televisual, publicado em 21/11/2011.


As redes sociais vêm desempenhando um papel fundamental no comportamento da audiência televisiva, assim como na nova estruturação do mercado e do composto de comunicação. Cada vez mais espectadores usam o Facebook, o Twitter (apelidados de “novos corretores da TV”), o YouTube, e os novos apps da TV Social como plataforma para conversar sobre conteúdo televisivo, seja ele em formato de séries, novelas ou comerciais. Este diálogo representa um novo canal de troca entre produtores de conteúdo e consumidores. Mais que isso, esta interação tem fornecido insights aos marketeiros a respeito do perfil das pessoas envolvidas nestas conversas, suas preferências em marcas, seus interesses e comunidades das quais participam. Joe Tripodi, da Coca-Cola, já declarou na Harvard Business Review:

Além de impressões, nós estamos cada vez mais rastreando “expressões” dos nossos consumidores. Pode ser um comentário, um "curti", um vídeo, ou qualquer outro tipo de conteúdo compartilhado. Nós estamos medindo estas expressões e aplicando o que aprendemos na nossa estratégia de marca.


O público não está apenas conversando online sobre TV, ele está compartilhando conteúdo. São trailers, sneak peeks, aplicativos e artigos sobre programas de TV, acompanhados de suas próprias impressões. Outra característica da audiência atual é o seu grau de participação, engajamento e produção de conteúdo. São fan videos, retrailers, mashups, fan art, fan fiction, tudo igualmente compartilhado e comentado nas redes sociais.


Mas afinal, como medir esta “performance social”? Seria hora de substituir a expressão “campeão de audiência” por “campeão de engajamento”? Esta pode não ser tão sonora quanto a primeira, mas uma coisa é certa: muitas empresas estão percebendo que se o seu produto ou programa não gera conversa, ele pode estar fora do jogo. O mercado das novas métricas é bem recente e ainda dando seus primeiros passos, mas mesmo assim já se mostra bastante competitivo. Entre a as principais estão:
 
General Sentiment: Analisa o perfil dos seguidores de uma marca a partir do tipo de programa de TV que eles seguem nas redes sociais, e a partir daí encontra interesses em comum dentro de grupos de seguidores. O CEO da empresa é bem enfático na entrevista abaixo, afirmando que os números da Nielsen já estão obsoletos.



Bluefin Labs: criado por dois integrantes do MIT Media Lab, utiliza uma tecnologia que cruza dados de 43 canais americanos de TV aberta e por assinatura com três bilhões de comentários mensais nas redes sociais. A partir daí consegue mapear não apenas os programas e comerciais, mas as cenas, personagens e até palavras específicas que foram mais comentadas.



Trendrr: A empresa monta o seu index a partir de menções e comentários noTwitter, posts e comentários no Facebook, e check-ins feitos nos apps Miso e GetGlue. Assista abaixo à palestra do CEO da empresa no Social TV Summit 2011.



Index Social: Lançado no país pela agência brasileira Espalhe, mensura a evolução de audiência e o engajamento das marcas nas redes sociais como o Facebook, Twitter e YouTube. Seguindo a lógica dos índices das bolsas de valores, a ferramenta monitora cerca de 320 marcas e, para calcular o índice, leva em conta as que detêm 80% da audiência nas três plataformas a cada dia. Empresas como Claro e Guaraná Antactica figuraram no topo do ranking de audiência em setembro. Já a Brahma Futebol Rio, apesar de só aparecer em sétimo quando se fala em audiência, foi a que mais engajou no mesmo período (maior quantidade de likes, comentários, mentions e retuítes).



Enquanto isso, a Nielsen vem tentando mostrar que está equipada para o novo cenário, lançando pesquisas que incluem desempenho social. Mas apesar dos comentários de que os índices da Nielsen (e similares) estão com os dias contados, ainda é cedo para dizer, até porque a maioria dos novos sistemas de medição não elimina completamente os índices de audiência e sim os cruza com os dados das mídias sociais. A pergunta real é: quanto tempo vai levar para estes novos sistemas de medição se aperfeiçoarem e se tornarem essenciais na tomada de decisão de anunciantes e media buyers? Pode ser que tudo não passe de uma empolgação passageira, mas mesmo assim é bom ficar de olho nos hashtags e retuítes dos seus concorrentes.



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17 novembro, 2011

Mad Fan

Um fan video super divertido, escrito e dirigido pelo videomaker Carrick Bartle. Como seria se um fã de Mad Men de repente começasse a se comportar como os personagens da série nos dias de hoje? Imperdível. (Crianças, não recomendamos que tentem isso no ambiente de trabalho...)


14 novembro, 2011

Henry Jenkins analisa a cultura participativa nas escolas de samba

O genial Henry Jenkins, professor da University of Southern California, co-diretor do MIT Comparative Media Studies, e um dos primeiros a levantar a bandeira da cultura transmidiática, fez recentemente uma análise do que as escolas de samba do Rio de Janeiro têm a nos ensinar sobre a cultura participativa. 


Reproduzo aqui parte do texto (em inglês). Para ler na íntegra acesse seu site Confessions of an Aca/Fan, no qual Jenkins inclusive convida os leitores brasileiros a compartilhar impressões e contribuir com comentários.


"If you dropped in at a Samba School on a typical Saturday night you would take it for a dance hall. The dominant activity is dancing, with the expected accompaniment of drinking, talking and observing the scene. From time to time the dancing stops and someone sings a lyric or makes a short speech over a very loud P.A. system. You would soon begin to realize that there is more continuity, social cohesion and long term common purpose than amongst transient or even regular dancers in a typical American dance hall. The point is that the Samba School has another purpose then the fun of the particular evening. This purpose is related to the famous Carnival which will dominate Rio at Mardi Gras and at which each Samba School will take on a segment of the more than twenty-four hour long procession of street dancing.

12 novembro, 2011

O que você está assistindo? O IntoNow sabe.



IntoNow é um TV app que reconhece qualquer conteúdo passando na TV através do sinal de áudio (semelhante ao que o Shazam faz com música). Uma vez identificado o programa, você pode compartilhar online suas preferências e opiniões com amigos e seguidores nas redes sociais. Foi adquirido em abril deste ano pelo Yahoo!, que pagou por ele nada menos do que 30 milhões de dólares.

É um dos apps mais interessantes da TV Social. Infelizmente no Brasil está disponível, por enquanto, somente para os usuários de Android. Assim que isto mudar, acredito que o IntoNow tem potencial para roubar muitos usuários do GetGlue, atualmente um dos TV apps mais populares entre o público brasileiro.




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Interessado na relação entre TV social, marketing de conteúdo e transmídia? Então confira o curso STORYTELLING E TRANSMÍDIA PARA MARCAS da Escola de Criação ESPM-Sul

11 novembro, 2011

Apps de segunda tela e Social TV



Reproduzo aqui meu primeiro artigo para o Televisual publicado em 01/11/11.

A Internet afinal não matou a televisão, independente do que foi precipitadamente profetizado por alguns críticos afoitos. Esse é justamente o problema com previsões. Na atual era transmidiática, neste novo ecossistema de conectividade no qual estamos inevitavelmente inseridos, somos ainda tão verdes quanto éramos na década de 60, quando a TV começou a invadir os lares e transformar hábitos. Por isso é recomendável limitar-se, ao menos por enquanto, a apenas opiniões informadas, evitando declarações categóricas. O importante é ficar atento às mudanças, que não serão poucas. E neste caso me dou ao luxo de ser bem categórica.

A TV e a web têm mostrado até agora que, a partir do momento que atuam em conjunto, abre-se um imenso leque de oportunidades tanto para anunciantes como para produtores e consumidores de conteúdo. De fato, como defende Frank Rose, as linhas divisórias entre produtores/consumidores, conteúdo/marketing e ficção/realidade estão desaparecendo.

Um dos exemplos desta colaboração entre as plataformas é a TV Social. Listada pelo MIT Technology Review como uma das “Top 10” tendências para 2011, tem sido objeto de discussão entre os especialistas em tecnologia, marketing e publicidade.




Da mesma forma, a TV Conectada e a TV Everywhere se destacam no mercado atual. Mas afinal o que é tudo isso? Com base em artigos dos especialistas Elspeth Rountree e Nick Demartino, aqui vai uma tentativa de esclarecer estas novas tendências:

01 novembro, 2011

Somos todos críticos no Twitter. A NBC que o diga.



As redes sociais criaram um exército de críticos. Todo mundo tem uma opinião, e a Internet é o canal perfeito para expressá-las. De olho nessa tendência, a NBC aproveitou para promover Grimm, sua nova série policial com um toque sobrenatural, de uma forma bem inteligente.
 
Primeiro, deu acesso exclusivo ao primeiro episódio a todos os seguidores do perfil @NBCGrimm no Twitter. Depois, usou citações tiradas das críticas dos próprios internautas no comercial da série (foto). Ótima estratégia para engajar a audiência e criar buzz. Agora, se a série é boa mesmo, daí é outra história. Mas não vão faltar críticos para dizer.

O poder do #hashtag



(UPDATED) Como já escrevi aqui em outros posts, a TV Social é a nova forma de revitalizar a appointment television, ou seja, a TV em tempo real, com a qual o público tem uma "hora marcada". Trata-se de uma excelente saída para as emissoras, que precisam cada vez mais driblar a ameaça dos DVRs (Digital Video Recorders), dos serviços de Video On Demand como Netflix, dos downloads ilegais e a consequente perda de anunciantes.

Pois o vídeo abaixo é parte da estratégia do Twitter para provar que a sua integração com a TV pode ser poderosa. Ele encoraja as emissoras de TV e os anunciantes a usar hashtags durante a transmissão de programas para estimular a audiência a assistir e twittar em tempo real. Afinal, como já declarou o VP de Marketing da Coca-Cola Joe Tripodi, na Harvard Business Review: "Não queremos saber apenas quantas impressões. Estamos interessados também em expressões."


#MensagemRecebida.




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