Pesquisa mostrou que os file sharers - os piratas que compartilham ilegalmente arquivos de música, vídeo, games e software via sistemas peer to peer (P2P) - se consideram os “Robin Hoods” da rede, e são motivados por sentimentos de altruísmo e por um desejo de notoriedade. Dos mais de seis mil respondentes, 95% eram do sexo masculino, com faixa etária média de 28 anos.
Coordenado pela Universidade de Portsmouth, na Inglaterra, o estudo é o primeiro a examinar as características, status sócio-econômico e motivações deste grupo, que tanta dor de cabeça tem causado à indústria cinematográfica, televisiva, fonográfica e de software nos últimos anos.
A pesquisa estudou os piratas de dois grupos: os leechers (que baixam ilegalmente arquivos de outros, mas não necessariamente disponibilizam conteúdo), e os seeders (que adquirem conteúdo e o tornam disponível aos leechers, sem receber nenhuma recompensa financeira).
“Nossa pesquisa mostra que os seeders são motivados pelo espírito comunitário”, diz o coordenador Joe Cox. Eles enxergam a si mesmos como filantropos mascarados, e acreditam que suas atividades não deveriam ser consideradas ilegais. “Eles consideram baixo o custo de uma ação punitiva, provavelmente por verem como improvável a possibilidade de serem apanhados”, diz o pesquisador.
Outro estudo recente, realizado pelo Internet Commerce Security Laboratory, definiu as categorias mais populares do BitTorrent, um dos protocolos P2P mais usado pelos file sharers: 43% dos downloads ilegais são de filmes, 29% são de programas de TV, 16% são de música e 4% são de games.
O blockbuster Avatar, de James Cameron, bateu o recorde de file sharing em 2010, com mais de 16 milhões de downloads ilegais no mundo todo. Se considerarmos que um DVD custa uma média de 10 dólares, então os produtores do filme teriam tido um prejuízo médio de 160 milhões de dólares em 2010 somente com os Robin Hoods cibernéticos.
Fontes: Advanced Television e Film Industry Network
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