08 julho, 2011

As mídias sociais e o fim dos perfis demográficos

Johanna Blakley, diretora do media think tank da University of Southern California, apresentou no TED Women de dezembro de 2010 um estudo sobre o impacto do entretenimento e da mídia sobre os nossos hábitos sociais e de consumo. Ela defende que os tradicionais “perfis demográficos” usados para definir o target e direcionar a comunicação das marcas não mais refletem com precisão a realidade do mercado. Muitas empresas, baseadas em rótulos simplistas e excludentes, “presumem” o que certos consumidores gostam. Mas para saber o que realmente está em suas mentes - e celulares, TVs, iPods, perfis no Facebook, armários, salas de estar, etc – é preciso saber a que grupos se conecta, quais seus gostos, suas comunidades online, seu comportamento e comentários nas redes sociais.

Quando pessoas se agrupam online, elas não o fazem exclusivamente baseadas em idade, raça, ou gênero. E sim em torno de gostos e interesses. Nas palavras de Blakley: “Para mim é bem mais útil saber que você é fã de Buffy, A Caça Vampiros do que saber qual é a sua faixa etária ou renda média, pois isto me diz muito mais sobre quem você é [ou gostaria de ser].”

Sim, soa um tanto “sinistro” - e é, de certa forma. Mas também não é nenhuma novidade. Já postei aqui sobre mídias sociais e a reinvenção dos níveis de audiência da TV pelo MIT Media Lab. Além disso, nossos hábitos já vem sendo monitorados por pesquisas de mercado e de audiência há décadas. A diferença é que 1) existem agora ferramentas mais aperfeiçoadas para isto, e 2) estamos vivendo muito mais “para fora”, constantemente exteriorizando e compartilhando nossas opiniões e preferências, tanto com conhecidos como desconhecidos online.

Assista ao vídeo da palestra com legendas em português, é só selecionar na parte inferior da tela.



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