Esta é uma deliciosa entrevista em duas partes com o mestre Henry Jenkins, realizada por ninguém menos que Frank Rose (quem foi meu aluno já está cansado de ouvir sobre os dois autores).
Nela, Jenkins fala sobre como a utilização errada da expressão "fazer um viral" pode ser prejudicial à essência da cultura participativa, e revela alguns dos principais argumentos levantados em sua mais nova publicação, Spreadable Media: Creating Value and Meaning in a Networked Culture (cuja autoria divide com Sam Ford e Joshua Green).
Leia as duas partes da entrevista na sua íntegra (e em inglês) aqui e aqui. Abaixo, compartilho alguns highlights:
“A expressão ‘fazer um viral’ presume uma falsa ideia de controle em uma época em que as organizações possuem cada vez menos domínio sobre como seu conteúdo circula em uma cultura convergente.”
“Vamos começar fazendo
uma distinção ente cultura participativa e web 2.0. A atual cultura da participação
é resultado de uma extensa luta das comunidades para garantir maior poder de
influência sobre decisões que impactam suas vidas. Já a web 2.0 é um modelo de
negócios que busca captar esta essência e tirar proveito do desejo de
participar do público. (...) Muito do que inicialmente
se escreveu sobre web 2.0 pressupõe um mundo onde os interesses das empresas e dos
que usam seus serviços estão perfeitamente alinhados. Entretanto, nos últimos
cinco ou seis anos, toda grande organização se viu no centro de alguma
controvérsia à medida que seus usuários se rebelaram contra aspectos de seus
termos de serviço (incluindo disputas sobre censura, copyright, violação de privacidade,
data mining e práticas publicitárias).”
“Não tenho certeza se posso
oferecer uma solução concreta ou um modelo que funcione melhor – até porque a
solução provavelmente não será do tipo ‘um tamanho serve para todos’ – mas espero
que o livro encoraje um processo de comunicação mais ativa entre empresas e as
comunidades as quais desejam servir.”
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