Já falei no post The medium is the MASS-age sobre o centenário de McLuhan. O ilustre teórico cujas ideias revolucionaram por completo a comunicação no século XX completaria 100 anos em julho deste ano. Sua visão quase profética da sociedade ocidental permanece tão atual quanto seu conceito de “Aldeia Global”.
E para quem se interessa pelas temáticas da comunicação e da era digital, o novo livro do escritor canadense Douglas Coupland (autor do best-seller de 1991, Generation X) é um achado. Marshall McLuhan: You Know Nothing of My Work! (uma referência à cena de Annie Hall em que Woody Allen convoca McLuhan para ajudá-lo a ganhar um argumento) é mais do que uma mera biografia do ilustre teórico. Ele acaba por nos levar a uma reflexão sobre as mídias sociais e as novas formas de absorver e digerir informação.
Baseando-se no argumento da década de 60 de McLuhan, de que a imprensa precisaria se adaptar à nova realidade das mídias eletrônicas para sobreviver (como no caso das revistas LIFE e MAD cujo formato enfatizava a imagem), Coupland (talvez ironicamente, talvez não) formatou seu livro de uma maneira que remete à linguagem da internet. O mais interessante é que tal formato - com capítulos curtos, prosa leve, blocos de texto intercalados por inúmeras citações (além de integrar web memes como os conhecidos “name generators”) - não interfere na qualidade do conteúdo. Muito pelo contrário, o texto flui e é surpreendentemente cativante e bem pesquisado. Realmente uma ótima leitura.
Baseando-se no argumento da década de 60 de McLuhan, de que a imprensa precisaria se adaptar à nova realidade das mídias eletrônicas para sobreviver (como no caso das revistas LIFE e MAD cujo formato enfatizava a imagem), Coupland (talvez ironicamente, talvez não) formatou seu livro de uma maneira que remete à linguagem da internet. O mais interessante é que tal formato - com capítulos curtos, prosa leve, blocos de texto intercalados por inúmeras citações (além de integrar web memes como os conhecidos “name generators”) - não interfere na qualidade do conteúdo. Muito pelo contrário, o texto flui e é surpreendentemente cativante e bem pesquisado. Realmente uma ótima leitura.
-Sir, you know nothing of my work! (Anne Hall, 1977) |
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