(Artigo atualizado. Publicado originalmente em 04/2012 no blog Escola de Criação ESPM)
A arte do storytelling,
do “contar histórias”, sempre sofreu transformações. Com a tecnologia digital e
a convergência midiática, nós estamos hoje à beira de uma transformação
gigantesca. Não somos mais espectadores, ouvintes, leitores, usuários nem
jogadores. Somos “experienciadores”,
cujas funções desempenhadas mudam de acordo com a mídia e a forma como a
usamos.
Com esta realidade em mente, um grupo de
trabalho na Alemanha, formado por oito profissionais de diferentes áreas da
comunicação, criou um documento com onze
hipóteses sobre o futuro do storytelling:
Hipótese 1: Realidade x ficcção
A ficção substitui a realidade, e se torna o
mais imersiva
possível.
Hipótese 2: Tocas de coelho
As histórias oferecem múltiplos pontos de
entrada, de acordo com os meios utilizados pelos experienciadores.
Hipótese 3: O universo da história
O experienciador não acompanha mais apenas uma
narrativa, ele pode escolher entre as várias storylines paralelas que somadas formam o universo da história.
Hipótese 4: Interatividade
Experienciadores se comunicam entre si e com os
personagens, o que consequentemente influencia o arco e os torna parte da
história.
Hipótese 5: Conteúdo gerado pelo público
O experienciador contribui criativamente em
determinados pontos da história.
Hipótese 6: Transmidiatismo
A história não se limita a um único meio, e sim
tira vantagem dos pontos fortes de cada uma das plataformas usadas para
simbioticamente criar o universo da história.
Hipótese 7: Locais reais
A história em alguns momentos inclui locais
reais, os quais o experienciador pode visitar e acompanhar o desenrolar da
trama in loco.
Hipótese 8: Variedade de papéis
A história atrai vários tipos de
experienciadores, dos mais energéticos aos mais acomodados, pois oferece uma
variedade de papéis com diferentes graus de envolvimento.
Hipótese 9: Infinitude
O universo da história tem potencial para se
tornar um terreno fértil para uma infinidade de sequências, spin-offs e reutilização constante de elementos
da trama.
Hipótese 10: Multi pagamento
A diversificação do storytelling permite um modelo de negócios “freemium”(onde
se disponibiliza
uma versão gratuita e posteriormente uma versão paga com
novos recursos que agreguem valor), onde cada experienciador pode contribuir múltiplas vezes.
Hipótese 11: Autoria colaborativa
A história é desenvolvida por um time versátil
e multidisciplinar de profissionais que colaboram entre si.
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